Coube, mais uma vez, ao secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, a missão de apagar incêndios na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). De um lado, deputados governistas de nervos à flor da pele; do outro, o Palácio de Ondina com pressa para aprovar o empréstimo de R$ 2 bilhões. Entre os dois, Loyola – cada vez menos apenas secretário, cada vez mais tratado como o “homem da solução”.
Com cara, estilo e caneta, ele circula pelos gabinetes, oferece explicações, acena com soluções e, quando necessário, mostra que fala em nome de ordens que vêm de bem mais alto. A cena se repete: promessa aqui, ajuste ali, uma ligação resolutiva acolá. O script já é conhecido entre os deputados: quem quer ser ouvido, passa pela SERIN.
Na prática, Loyola assumiu o papel de intérprete e amortecedor entre o governo e sua base. É a ele que chegam as queixas sobre emendas, cargos, demora em nomeações e desconfortos com decisões do Executivo. E é também dele que saem as palavras mágicas: “Vamos resolver”, “o governador já está ciente”, “está encaminhado”.
No fim, a equação é simples: o secretário de Relações Institucionais vai consolidando sua imagem de solucionador oficial de crises do governo, ao mesmo tempo em que a base se acostuma a tratar a SERIN como porta de entrada e de saída para tudo.
